Leitor reclama da "indústria da morte" a surgir de medidas do governo Bolsonaro
O leitor Leandro Apolinário, do Estado de São Paulo (não creditou a cidade de residência), escreveu uma carta indignada contra a "indústria da morte" das medidas do governo Jair Bolsonaro:
"Caros amigos,
É assustador que medidas adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro sinalizem o estímulo à morte dos cidadãos.
Vejamos.
Há a flexibilização do porte de armas, que permitirá o agravamento da já preocupante guerra civil que ocupa os noticiários policialescos de todo dia.
Tem-se a liberação dos agrotóxicos, que irão botar veneno nos alimentos.
Tem-se a redução de tributos e tarifas do cigarro, que irão estimular o tabagismo que mata milhares de brasileiros, muitos de forma prematura.
Tem-se agora a ampliação dos pontos de conduta no trânsito, de 20 para 40, fazendo com que os infratores sofram punições cada vez mais brandas.
E ainda o cancelamento dos 'pardais', que eram aquelas câmeras que registravam infrações no trânsito.
E não vamos esquecer da reforma trabalhista, que estabelece condições degradantes ao trabalhador, e os cortes de investimentos públicos, herança do governo Michel Temer, que precarizam os serviços públicos, como a saúde, deixando o cidadão pobre morrer à míngua, esperando um atendimento que não vem.
E ainda temos nossa imprensa que não noticia mortes de assassinos. Tem pistoleiro morrendo de cirrose, tem feminicida falecendo de câncer ou infarto, e ninguém noticia, porque se noticiar, a pessoa que tiver um surto violento vai pensar duas vezes antes de matar alguém, porque a expectativa de morrer de infarto aos 50 ou 60 anos lhe desencorajaria do criminoso ato.
Legal é o mercado de fake news que volta e meia assombra até a nossa imprensa profissional dizer que femicidas velhos que no passado fumaram que nem loucos e usaram cocaína e encheram a cara de bebedeira virarem 'musos fitness' e 'youtubers' aos 80 anos. Isso é impossível, mas muita gente acredita, nesse alpinismo moral a que estão sujeitas as pessoas de baixo caráter no nosso país.
Claro, essa lorota é inventada - daqui a pouco, feminicidas já mortos "reaparecerão" com "novas entrevistas" usando hologramas e outros truques da computação digital - porque, para essa sociedade sanguinária, tem que morrer mulher para "enxugar a população", para evitar ter mais filhos, adotando métodos herodianos de controle populacional. Para isso, tem que "ressuscitar" até feminicida que já morreu e não teve morte noticiada, "reaparecendo" com "nova entrevista".
Segundo essa sociedade que apostou com gosto e sem escrúpulos nesse governo fascista, tem que morrer mais pobre, negro, mulher, gente talentosa, e reduzir em um sexto a população de cerca de 204 milhões de brasileiros.
É por isso que se adotam medidas infelizes como estas, para ver se a população reduz dessa maneira perversa e injusta, interrompendo projetos de vida valiosos e garantindo a sanha elitista de muita gente. Essa 'indústria da morte' é uma grande calamidade pública, uma catástrofe social!".
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