Chico Xavier abençoou João de Deus sem pressentir seu perigo



O caso João de Deus deixou Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, numa enrascada.

Sabe-se que João Teixeira de Faria, suposto médium conhecido pelo referido apelido, segundo denúncias de centenas de vítimas, cometia assédios sexuais e outros crimes desde 1983.

Confirmadamente - conforme reportagens de O Globo e Carta Capital, dois periódicos ideologicamente opostos - Chico Xavier o tinha como pupilo e o abençoou em 18 de setembro de 1993, portanto, dez anos após as denúncias mais antigas.

Nessa ocasião, Chico mandou uma carta a João, que diz: "rezado João, caro amigo, Abadiânia é o abençoado recinto de sua iluminada missão e de sua paz".

Note que Chico Xavier, como "médium", deveria parecer que estava prevenido com o perigo que se tornou João de Deus com seus crimes.

Supõe-se que Chico, nesta condição, teria que atuar como um visionário e, mesmo diante das surpresas do livre arbítrio de outrem, tivesse que ter algum pressentimento, algum presságio de algo desagradável.

Mas ele não teve. Deixou João de Deus no caminho livre de seus abusos e crimes.

A ligação de João de Deus e Chico Xavier é vibratoriamente intensa, e em entrevista à Isto É de 31 de maio de 2018, cerca de seis meses antes das denúncias, o "médium" goiano disse o seguinte, a respeito de seu protetor: "Chico Xavier me ensinou a amar".

Só isso mostra o caráter farsante de Chico Xavier, que também fez das suas, como João de Deus.

Ele só não fez assédio sexual, mas Chico fez literatura fake, lesando sobretudo o hoje injustiçado Humberto de Campos, e participou, com gosto, de fraudes de materialização.

Não há como aceitar as alegações dos seguidores de Chico, que afirmam que "o médium errou, mas aprendeu", porque não vamos aceitar essa malandragem.

Além disso, sabemos que Chico Xavier aprontou horrores até depois dos 50 anos de idade, idade que, na época, exigiria dos indivíduos um pouco mais de prudência. Ele só parou porque ficou doente.

Portanto, Chico Xavier, como um arrivista, não poderia ser uma pessoa íntegra.

E ele se revela um charlatão, porque, como "médium", não teve a capacidade de pressentir coisas estranhas no seu pupilo. Deu no que deu.

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