Estelionatário é preso por usar linhas telefônicas atribuídas a pessoas mortas
Um homem foi preso acusado de estelionato, usando linhas telefônicas que ele mantinha através de nomes de pessoas já falecidas.
Entre os nomes usados, está o do ator Domingos Montagner, falecido por afogamento em 2016.
Os nomes eram usados para que o criminoso fizesse vários pedidos de instalações de planos de telefone, internet, TV a cabo e celular.
A polícia encontrou na casa do acusado vários documentos, além de cartões de crédito e computadores portáteis que confirmam a fraude.
Num país em que se usa os nomes dos mortos para fazer mensagens de propaganda religiosa, isso fica muito fácil.
É o país das fake news, dos usuários fake de Internet, da popularização fake dos robôs e algoritmos.
Um país que gerou até um "filósofo" fake, o Olavo de Carvalho.
Já se usaram "robôs" para tentar comprovar a "psicografia" fake de Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier.
Por isso, há a permissividade de supostas psicografias que não passam de marketing religioso, com o nome do morto sendo usado para pregar igrejismo barato.
Tudo dentro da mesma narrativa: "o morto foi para o umbral, sofreu muito com a dor do desencarne, foi socorrido para uma colônia espiritual, aprendeu os ensinamentos do Evangelho e voltou para pedir aos homens da Terra se unissem na 'fraternidade do Cristo'".
Tudo muito fácil.
Pelo jeito, o estelionatário queria que as contas telefônicas fossem cobradas no "lado de lá".
Como no "lado de lá" os supostos médiuns atribuem a veiculação de propaganda religiosa, num Brasil onde as questões da paranormalidade nunca foram estudadas a sério, salvo em raras ocasiões.
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