Você não percebe que é enganado pelo moralismo do Espiritismo brasileiro?



Você não imagina que é enganado pelo moralismo trazido pelo Espiritismo brasileiro?

Sim, o moralismo que se ouve e lê dos pregadores tidos como "conceituados", sejam os palestrantes comuns, sejam os "médiuns", é uma falácia bastante enganosa.

Imagine o sofredor extremo, aconselhado pelo moralismo espírita brasileiro a aguentar desgraças em silêncio, sob a desculpa de que "é sofrendo calado que Deus ouve melhor as suas súplicas".

Imagine o sofredor que enfrenta calúnias e humilhações pesadas, xingações e até ameaças de morte, e ser aconselhado pelos moralistas "iluminados" do "nosso" Espiritismo a agradecer a Deus por ter o mundo contra si e só Jesus e o "divino pai" a seu favor.

Imagine o sofredor enfrentando tragédias, ficar desamparado e ter que ficar feliz com isso. Como naqueles dramalhões em que o sujeito perde casa, dinheiro, esposa, amigos, numa tragédia sem fim e, na meia-idade, vive o resto dos dias vendo paisagem com o pai.

Você sofre horrores, numa experiência traumática que esmaga a alma e fragiliza os ânimos, e tem que ficar feliz com isso.

E não é só. Você descobre que os pregadores do Espiritismo brasileiro não sofrem um terço das desgraças que você tem que suportar.

Eles fazem chilique quando são criticados e viram "falsos cristos", com suas cruzes de borracha, com todo o jogo de cena dos falsos martírios, um vitimismo dramatizado e grotesco.

Os pregadores do Espiritismo brasileiro, mesmo o "humilde" Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, sempre viveram do conforto e da comodidade, mesmo em situações aparentemente modestas.

Viajam em boas companhias aéreas, conhecem a Europa, aparecem em colunas sociais, recebem diplomas e prêmios diversos de ricos e poderosos, e ganham muito, muito dinheiro.

Esse dinheiro vai todo para a caridade? Não. Só vai uma pequena parte.

Esses pregadores não sofrem, vivem do bem bom, da boa vida de faturarem dinheiro com todo um palavreado bonitinho, que eles chamam de "boa nova".

Malandros, querem comparar suas opulentas excursões com a peregrinação de Jesus de Nazaré, que sob o Sol escaldante andava ou montava num jumento para ir de casa em casa esclarecer as pessoas.

Jesus de Nazaré era um dos críticos ferozes dos escribas, paradigma do religioso extravagante, falso sábio, fingindo humildade, bajulando seu Deus, fazendo muita cerimônia.

Os palestrantes do Espiritismo brasileiro e, sobretudo os "médiuns", incluindo o próprio Chico Xavier (para desespero daqueles que tentam, em vão, isentá-lo da culpa de muitos erros graves), são os escribas modernos.

É assustador que os escribas modernos passaram a bajular Jesus, desde que Constantino fez os algozes do Cristo se apropriarem dele com o Catolicismo medieval.

Da mesma forma, é assustador que Allan Kardec hoje seja refém dos seus deturpadores, que agora se acham donos de seu espólio sem que viva alma possa reagir contra esse abuso.

E aí você vai ficar parado, achando que sofre porque merece e, numa roda de amigos, já está pensando, quieto, sobre qual deles irá morrer, provavelmente o mais legal do grupo.

Você vai se tornar um masoquista social e religioso, aceitando viver em desgraça, achando que, ao morrer, vai para um condomínio de luxo com um grande hospital-shopping center com o nome singelo de Nosso Lar?

Se pensa assim, mandamos nossos pêsames, porque você perdeu tempo na vida na sua zona de conforto que é aceitar o pior, enganado por gente que só é iluminada aos olhos da Terra.

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