Adoração a "médiuns imperfeitos" é perda de tempo


Virou moda dizer que os "médiuns espíritas" erram muito e são imperfeitos.

Tudo bem. Até mesmo a literatura espírita original falava que "médiuns" poderiam falhar.

Mas o que ocorre no Brasil é de uma leviandade sem tamanho.

Quando se vê gente demais dizendo alguma coisa, é bom prestar atenção porque pode haver algum propósito tendencioso nisso.

E vemos que a idolatria aos supostos médiuns do Espiritismo brasileiro, um fenômeno aberrante que envolve sentimentos obsessivos, é um terreno da permissividade e do pensamento desejoso.

Sobre Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, devemos estudar a postura de seus seguidores.

Primeiro, vemos que alguns deles se preocupam demais em dizer que "não são espíritas" para alegar que a suposta grandeza de Chico é "um fato imparcial".

Segundo, porque eles se contradizem quando falam que ele era "imperfeito".

Se confundem todos. Num momento, Chico Xavier é "divinizado", exaltado ao extremo.

No outro, ele é dado como "imperfeito", que "pode errar e ser enganado", que "pode cair e falhar".

São alegações típicas de gente medíocre, de um país medíocre como o Brasil.

São desculpas usadas aqui e ali para adorações motivadas pela cegueira emocional, na qual desculpas das mais contraditórias são usadas.

Uns se dizem "não espíritas" mas falam como se o "Espiritismo" de Chico Xavier fosse o ideal.

Querem fugir do sectarismo, tentam surfar no verniz da imparcialidade, mas no fundo só escondem o seu fanatismo.

Quanto a sua figura de "médium imperfeito", os seguidores de Chico Xavier não estão expressando uma visão realista, mas apenas criando mais uma desculpa para sua idolatria.

Realmente não há mais motivo para adorar "médiuns imperfeitos", mas o pessoal persiste.

Essa desculpa tem mais a ver com a falácia do "gente como a gente", que soa como um estranho orgulho de cometer muitos erros.

O "gente como a gente" é como aquele aluno que só leva nota baixa na prova e quer ser aprovado no final de ano.

Ele usa a desculpa de que "todo mundo erra" para forçar a aprovação, como se estivesse fazendo uma "carteirada por baixo".

É uma espécie de "privilégio invertido", no qual se forja uma "perfeição da imperfeição".

E isso é ruim. Errar demais se torna uma espécie de "vestibular" para caloteiros morais.

Virou uma desculpa para todo mundo fazer o que quer e não ser punido quando comete abusos e crimes de toda espécie.

E se há a adoração dos "médiuns imperfeitos", significa que, pelo menos, a antiga idolatria "divinizada" usava alguma motivação para tal sentimento obsessivo.

Falava-se que ao menos os "médiuns" eram "profetas, salvadores da pátria, semi-deuses, milagreiros".

Era ruim, mas agora ficou pior. Adorar "médiuns" virou uma perda de tempo.

Fora a alegação enjoada de "caridade" - uma "caridade" que, na verdade, nunca trouxe melhorias reais para os brasileiros - , não há motivo para idolatrar "médiuns" como Chico Xavier e Divaldo Franco.

Dessa forma, a adoração aos "médiuns imperfeitos" se desmascara e mostra sua verdadeira face: a de um sentimento obsessivo, motivado pela fascinação e expresso pela cegueira emotiva das paixões religiosas.

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