'Parnaso de Além-Túmulo' é uma obra 'fake'



Falta um pouco de lógica nos nossos brasileiros.

O Brasil é um país que aceita qualquer cilada montada por pessoas de visibilidade e prestígio. A carteirada garante o sucesso de uma fraude.

Esquecemos que, na Europa e EUA do século XIX, os estudos dos fenômenos paranormais estavam ainda engatinhando.

De repente, no ignorante e provinciano Brasil, os fenômenos paranormais teriam "se concluído" e o nosso país virou o Eldorado do contato entre vivos e mortos.

É bom demais para ser verdade.

Mas não paramos para pensar: se os fenômenos paranormais estavam sendo ainda iniciantes nos EUA, na França e na Grã-Bretanha, ainda dependendo de estudos mais rigorosos, porque muitas questões estavam sem resposta, imagine no Brasil!

Tivemos farsantes ilusionistas, nos EUA, como William Mumler e P. T. Barnum, que se aproveitavam da incipiente paranormalidade para enganar as pessoas com práticas ilusionistas.

E aqui? Essas práticas ilusionistas tiveram um pioneiro: Francisco Cândido Xavier. Ele mesmo, o Chico Xavier, tão adorado como um pretenso símbolo de "amor e caridade".

Seu primeiro livro, Parnaso de Além-Túmulo, deveria ser reconhecido como farsa, banido de nossa literatura a ponto de impedir que o matreiro Chico Xavier fosse adiante com outros livros.

revelações posteriores que confirmam que o livro é uma grande farsa.

O conteúdo também é farsante: apesar das breves semelhanças, superficiais e menos comuns do que se imagina, o conteúdo literário nunca está à altura do que os autores mortos haviam deixado para nós em vida.

Em muitos casos, como na desconhecida Auta de Souza, o estilo original desaparece. Aquilo é Chico Xavier, vergonhosamente escancarado!

E Olavo Bilac, com um poema que não corresponde sequer de longe ao seu talento peculiar e que, só num recital, já demonstra não existir a musicalidade original do poeta parnasiano!

A lógica mostra que o livro é uma farsa, a partir de seu próprio enunciado.

Alguém em sá consciência acharia, mesmo, que os grandes escritores mortos, que viveram em lugares bem diferentes uns dos outros, iriam se reunir em torno de um caipira de Pedro Leopoldo para lançarem obras criadas lá no mundo espiritual?

Nem se rezássemos para que isso fosse verdade isso assim seria!

O livro é uma farsa sensacionalista, uma obra pioneira da literatura fake que faz de Chico Xavier o "padroeiro das fake news", o "pai dos fakes".

Tinhamos que cortar o mal pela raiz. Não cortamos.

E aí um perigoso mito se ascendeu de maneira vertiginosa. O Brasil se tornou escravo de Chico Xavier.

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