Fábio Assunção, que elogiou Chico Xavier, não foi salvo por ele



Incidentes estranhos costumam ocorrer com celebridades que passam a apoiar Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier.

Um dos casos é o do ator Guilherme Fontes, quando foi fazer o espírito obsessor Alexandre, na novela A Viagem - versão da Rede Globo, em 1994, 19 anos após a versão da TV Tupi - , adaptação livre do livro do "médium", Nosso Lar.

Em 1995, o ator resolveu iniciar uma carreira de cineasta, tendo em mãos a biografia Chatô - O Rei do Brasil, que Fernando Morais havia escrito.

Fontes começou a adaptar a biografia para o cinema.

Curiosamente, o biografado é Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, que blindaram Chico Xavier sobretudo através da TV Tupi, pois na revista O Cruzeiro tinha que aceitar o trabalho dos que eram céticos em relação ao "médium".

Foi justamente a TV Tupi que lançou a primeira versão de A Viagem que, por suas "boas energias", deve ter vibrado para a falência daquela que foi a pioneira da televisão brasileira.

Na mesma TV Tupi, Chico Xavier surpreendeu o mundo com um reacionarismo que, em nossos dias, equivaleria ao de um fanático defensor de Jair Bolsonaro.

Fontes sofreu infortúnios estranhos, pois seu filme Chatô - O Rei do Brasil demorou muitos anos para ser lançado, causando problemas da ordem de captação de custos, incluindo acusações de desvio de dinheiro e superfaturamento.

O filme foi concluído e o ator desistiu da carreira de cineasta, apesar do resultado final ter sido considerado bom.

Outro caso a considerar é o do ator Fábio Assunção, considerado um dos galãs emergentes dos anos 1990.

Ele havia feito elogios ao "médium", através de um depoimento dado na ocasião da morte do religioso, em 2002:

"Conheci Chico Xavier aos oito anos, quando meu pai recebeu um texto psicografado de meu avô. Ele foi um homem perfeito. Tinha uma energia muito boa e ajudou muita gente. Sinto por sua morte, mas fico feliz por ele ter descansado".

Pois a "energia muito boa" de Xavier não conseguiu impedir que Fábio sucumbisse, depois, ao vício das drogas e do álcool, um dos dramas que quase o arruinaram.

Recentemente, Fábio ainda foi alvo de gozações, tendo seu rosto, então com uma barba espessa, usado para máscara de carnaval, além de ser tema de um "funk" bastante depreciativo.

Isso porque Fábio foi noticiado em mais um ato de embriaguez, numa fase em que o ator procurava se livrar dos vícios.

Fábio também viveu seus momentos de "Humberto de Campos", só que vivo. Uma mensagem foi divulgada atribuída ao ator, nas redes sociais, mas Fábio desmentiu que tenha escrito o texto.

Recentemente, Fábio foi buscar um socorro numa tribo indígena no Acre.

Buscou tratamento à custa de ayahuasca, um tipo de bebida medicinal.

A bebida é a mesma que desnorteou e o levou a um afogamento fatal o filho do ator e dublador Nizo Netto (este filho de Chico Anysio), Ryan Brito.

Mas o uso determinado a Fábio é bastante controlado, por conta dos procedimentos adotados pela tribo.

Fábio já voltou do lugar e retomou suas atividades de atuação.

Pelo jeito, a "energia muito boa" de Chico Xavier de nada serviu.

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