Paixões religiosas representam a pior das tentações


TRIÂNGULO DAS BERMUDAS E TRIÂNGULO MINEIRO (ONDE FICA UBERABA) - Áreas de perdição.

Qual é a pior das tentações?

É a tentação da droga, do sexo, do dinheiro? É onde as armadilhas da matéria puxam as pessoas para a perdição, para os malefícios e para a ruína fatal de suas vidas?

Essas tentações são cruéis, sim, e revelam pesadelos que surgem depois de oportunidades que parecem alegres.

Não há dúvidas que a morbidez das orgias da droga embrutecem a pessoa e a torna escrava de baixos instintos e falsas excitações produzidas pela ingestão de substâncias suspeitas ou mesmo de drogas consideradas lícitas, como o álcool.

Da mesma forma, as orgias dos corpos sob mentes doentias, perdidas em uma libertinagem de instintos animalescos que não raro resultam em promiscuidades mórbidas, doentias e egoístas.

E a ganância que transforma o acúmulo de dinheiro num processo febril e maligno de acumulação de privilégios?

Tudo isso, evidentemente, é um repositório de sentimentos bastante doentios que cobrarão seus preços no futuro.


ASSOCIAR CHICO XAVIER A PAISAGENS CELESTIAIS - PERIGOSO RECURSO DE PAIXÕES RELIGIOSAS QUE IMPULSIONAM À CEGUEIRA EMOCIONAL DA IDOLATRIA.

No entanto, não há armadilha ainda pior, ainda mais perigosa e traiçoeira, do que a das paixões religiosas.

Elas são ainda mil vezes piores do que as paixões do dinheiro, das drogas e do sexo.

Afinal, essas três paixões são altamente perigosas, mas elas possuem motivações através desses recursos materiais.

As paixões religiosas, não. Elas são infinitamente mais traiçoeiras, pela ausência de algum recurso material que impulsione as sensações de êxtase, de cupidez e de alucinação.

No caso do sexo, do dinheiro e das drogas, há o gancho dos corpos, das finanças e da química, para produzir sensações mórbidas das quais as pessoas se tornam escravas.

Nas paixões religiosas, isso não há. As motivações são muito mais perigosas porque parecem sublimes e imateriais, são simbologias sem forma física, e motivações mórbidas que se voltam a pretensas virtudes humanas.

Nas paixões religiosas, as pessoas são manipuladas mentalmente e seduzidas pela mistificação, mas elas também são levadas a crer que estão sendo "intelectualmente esclarecidas".

Nas paixões religiosas, há um simulacro de "elevadas energias espirituais", nas quais as pessoas, em transe, têm a falsa impressão de que conquistaram a mansidão eterna.

Há toda uma simulação de superioridade moral, vibratória, comportamental e valorativa que seduz as pessoas.

O caso de Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, revela essa perigosíssima ilusão.

Suas imagens são inseridas em fotos de paisagens floridas ou celestiais, criando um perigoso processo de sedução que cega emocionalmente as pessoas.

Fala-se que João Teixeira de Faria, o João de Deus, cometeu assédios sexuais. E os assédios, embora não-sexuais, mas também altamente traiçoeiros, que são ligados a Chico Xavier?

E as "palavras lindas" do "médium", que de lindas nada têm, mas possuem o recurso alucinante das paisagens floridas, dos beija-flores voando sobre rosas, do céu azul e um sol brilhante?

Ah, mas como as paixões religiosas apontam armadilhas terríveis! Quantas florestas de perdição se escondem nas fachadas de paisagens primaveris!

Quantos abismos não se seguem da tranquila relva dos bosques! Quantos abismos da fé se escondem sob todo seu aparato de beleza e de bondade?

A literatura espírita original apontava sobre o risco dos deturpadores da causa espírita usarem de todos os apelos de beleza e sublimidade para seduzir e manipular as pessoas.

É tanto aparato de simplicidade, humildade, generosidade e encanto que deixa as pessoas desnorteadas.

O que se fez associando Chico Xavier a essas imagens é algo digno dos "cantos de sereia" da Odisseia de Homero.

Mas os brasileiros não se amarram no mastro para resistir a tais tentações. Ninguém desvia quando o abismo das paixões religiosas se encontra pela frente. Segue-se o caminho da perdição, escravas estão as pessoas das paixões religiosas.

"Prefiro que minha vida piore, do que abrir mão da devoção ao meu ídolo", diria uma pessoa.

"Antes eu esteja em perdição, porque essa perdição é demonstração de minha fé inabalável que nenhuma razão tira", diria outra.

"Minha cegueira e minha ignorância são sabedorias que partem de um coração feliz", diria uma terceira.

Tantas frases belas em aparência, mas que revelam submissões doentias, são ditas.

E quem pensa que as pessoas estão seguras com essa devoção a Chico Xavier, está enganado.

Elas estão escravas à mistificação do deturpador espírita. E isso é comprovado quando elas são postas à prova diante da menor contestação.

Ao menor comentário contra Chico Xavier, essas pessoas reagem com fúria descomunal, comparável a de um usuário de cocaína quando convidado a deixar o vício.

Essa fúria pode ser mais ou menos disfarçada, mas ela existe e é violenta, de uma forma ou de outra.

Mesmo que essa fúria seja manifesta "educadamente" por internautas pretensos donos da verdade que escrevem respostas falsamente intelectuais, desqualificando qualquer questionamento.

Chico Xavier tornou-se o maior espírito obsessor do Brasil. Se alguém o admira, pode se considerar um obsediado e procurar um analista.

Não há razão para ficar adorando um deturpador do Espiritismo que autenticou fraudes de materialização, produziu literatura fake falsamente mediúnica e era um reacionário contumaz.

Nem mesmo a caridade deve ser desculpa. Porque, se observarmos bem Chico Xavier jamais realizou nenhum tipo de caridade.

Ele pedia aos outros para doarem seus bens e dinheiro. Dele, não saía um único fio de cabelo em prol dos mais necessitados.

O fato dele deixar seu cachê para outros, como a direção da FEB, não é de forma alguma humildade nem caridade.

É apenas deixar de ter dinheiro em mãos. Mas Chico Xavier sempre foi sustentado por terceiros, recebendo do bom e do melhor. Era tratado como se fosse um aristocrata britânico.

Mas falar desses pontos negativos deixa os adeptos de Chico Xavier pularem de revolta, ou fazer os "menos fanáticos" pedirem provas escalafobéticas.

Os "menos fanáticos" que patrulham a Internet e posam de "imparciais", pedindo "mais respeito" a Chico Xavier e "maior cuidado" ao provar denúncias, não admitem que dois mais dois são quatro.

Para eles, só vale uma equação complicadíssima para chegar a quatro. A lógica lhes é uma questão de aparência e não conteúdo. Esses patrulheiros são como sofistas modernos, falsos adeptos da sabedoria.

Se, por exemplo, Humberto de Campos é fake porque uma leitura mais atenta chegou a tal constatação, os patrulheiros de Chico Xavier não aceitam.

Eles pedem para que "primeiro analisemos" a natureza da "manifestação espiritual".

Mas isso nunca é feito. E, o que é pior, as obras fake são liberadas, pois, se elas realmente dependessem da análise que os patrulheiros chiquistas exigem, essas "psicografias" teriam sido retiradas das livrarias.

Essa patrulha é uma manifestação de hipocrisia motivada pelas paixões religiosas.

Não adianta admitir "erros" em Emmanuel ou se dizer um "não-espírita", só para dar um verniz de "imparcialidade" e "objetividade" na adoração a Chico Xavier.

Essa mania de relativização para evitar acusações de sectarismo também são outro recurso das paixões religiosas, quando elas tentam disfarçar seu caráter fanático e emocional.

As paixões religiosas um dia serão reconhecidas como perigosos sentimentos, como abismos enganosamente vistos como "atalhos para o céu", mas que levam ao precipício da perdição.

Reconhecendo esse caráter perigoso, é possível que a sociedade se tornasse menos doentia quando ela abrir mão dessa baixeza emotiva dissimulada pelo aparato de beleza e simplicidade.

As paixões religiosas produzem as mesmas sensações ilusórias que as paixões do dinheiro, do sexo e das drogas. Com o agravante que que não possui essas atribuições materiais, o que se torna mais perigoso e ameaçador a qualquer pessoa.

Tomemos cuidado com as armadilhas aparentemente lindas das paixões religiosas.

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