Adultos e mais velhos demonstram neuroses típicas de crianças
Algo está mudando na vida dos adultos e dos mais velhos.
Eles estão assumindo neuroses típicas de crianças pequenas, cometendo imaturidades preocupantes para suas idades.
Que isso sempre aconteceu e que os cabelos grisalhos não evitam que homens e mulheres cometam chiliques vergonhosos, gafes preocupantes e ações precipitadas que uma pessoa com um mínimo de sanidade não iria praticar, isso é verdade.
Mas hoje a situação está intensa e indo a níveis bastante surreais.
A essas alturas, as crianças estão resignadas quando outras morrem de câncer, aceitam melhor a negação dos pais em lhe dar um presente e também estão melhor preparadas para não acreditar em Papai Noel.
Mas os adultos, de repente, perderam essa capacidade.
Vemos casos de "coroas" e idosos perdendo a cabeça em mensagens nas redes sociais, homens grisalhos acusados de assédio sexual, velhos com teimosias infantis etc.
O caso do medo em ser informado da tragédia de um feminicida é ilustrativo, no Brasil.
Têm muito medo de serem informados de que feminicidas também ficam gravemente doentes e morrem, daí o silêncio da imprensa a respeito dos óbitos de vários deles.
É incrível: feminicidas cujos julgamentos foram capazes de repercutir em todo o Brasil não têm suas mortes noticiadas pela grande imprensa. Ou, digamos, não têm o "retorno à pátria espiritual", pois suas encarnações se resultam em infinitas reticências.
Tudo porque a sociedade que os vê como "guardiães da moral machista" e, apegadas a eles, os tratam como inimagináveis "entes queridos" ou "malvados favoritos" que tremem de medo só de pensarem em vê-los internados para uma quimioterapia.
E além disso os obituários que a imprensa publica no Brasil têm que parecer "fofos", só morrendo gente legal, só anjos ou quase-anjos indo para o céu ou, ao menos, o Purgatório.
Isso é um grande absurdo, ao lembrarmos que todos encerramos um dia uma encarnação. Os feminicidas "não podem", pois, quando morrem, a notícia quase sempre se perde sob o silêncio da mídia.
Os mais velhos também se tornam mais birrentos que as crianças.
Se as crianças hoje tendem a aceitar melhor a rejeição de um presente, os mais velhos chegam, só no âmbito da política, a ameaçar com tanques e aviões porta-mísseis o não-atendimento de seus anseios direitistas.
Os adultos e idosos birrentos chegam mesmo a se enfurecer quando não são atendidos, e não raro cometem crimes, da corrupção ao assassinato.
E o que dizer às crendices e fantasias típicas de contos de fadas?
Os mais velhos ainda acreditam que o deturpador Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, é "iluminado" e "praticou caridade".
Não, ele não praticou. O que Chico Xavier fez foi pedir aos outros para fazer caridade, e ele, malandro, se promovia pela ação de terceiros, que já não era grande coisa.
Afinal, essa pretensa caridade se baseia nos valores conservadores do Assistencialismo.
São ações meramente paliativas, que não trazem resultados sociais profundos, só realizam benefícios fracos ou pontuais, sem representar risco aos privilégios abusivos das elites.
São geralmente fracos projetos pedagógicos (similares à Escola Sem Partido), ou ostensivos espetáculos de distribuição de uma pequena porção de donativos, nas quais o "benfeitor" se sobressai aos "mais necessitados", que são apenas patéticos recebedores de doações que logo se esgotam.
Um estoque de mantimentos se esgota em três semanas, mas a "caridade" que os distribuiu é festejada por pelo menos um ano.
O "benfeitor" se reduz a um pavão que se ostenta todo comemorando, para si, o trabalho feito pelos joões-de-barro.
A idolatria a Chico Xavier, baseada numa visão fantasiosa plantada pela mídia hegemônica nos tempos da ditadura militar, atinge níveis preocupantes.
As pessoas vivem um transe pior do que a criançada quando vê um funcionário fantasiado de Papai Noel num shopping center.
Elas se esquecem que Chico Xavier deturpou o Espiritismo, fez livros fake tidos como "psicográficos", participou de fraudes de materialização, era ranzinza e muito reacionário.
Mas se irritam quando são informados da verdade. Uma idosa ficou furiosa quando lhe disseram que Chico Xavier apoiou a ditadura militar.
E apoiou mesmo. E com as próprias palavras. Não foi Geraldinho, nem Zezinho, nem Luizinho, nem Joãozinho que falaram, foi Chico Xavier que disse que os generais da ditadura militar estavam "construindo um reino de amor" e o AI-5 serviu para "revolver o caos do esquerdismo no Brasil".
É muito preocupante ver que adultos estão cometendo mais besteiras, masturbando em público, escrevendo asneiras, dando decisões precipitadas e com medo de aceitar que mesmo os assassinos também morrem um dia.
E ainda precisam ouvir os contos de fadas das "gatas borralheiras" do mundo real, que "perdem tudo" mas "se salvam" com "a fé no Cristo".
E idolatrar, feito fadas-madrinhas, pessoas nem tão confiáveis assim como Chico Xavier.
É muito triste que a meia-idade e a terceira-idade se tornem redutos de tamanhas neuroses. Sinal de que a maturidade está cada vez menos comum entre os "coroas" e idosos.
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