Um dos principais "centros espíritas" da Zona Norte está em bairro onde viveu Jair Bolsonaro


As boas energias que o Espiritismo brasileiro traz ao católico-evangélico Jair Bolsonaro - que deve formar uma "frente religiosa" com setores conservadores do Catolicismo, as seitas evangélicas neoentecostais e o "movimento espírita" - mostram uma simbiosa incomparável.

As trajetórias arrivistas de Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, e Jair Bolsonaro mostram que o erro humano agora se transformou em "receita para o sucesso".

Causar confusão e furar a fila da ascensão social agora são fórmulas de êxito, processos de atingir, até com certa facilidade e ajuda das conveniências do momento, a unanimidade e o prestígio.

E aí vemos o quanto o Espiritismo brasileiro se distanciou tanto de Allan Kardec que hoje o que aqui se chama de "doutrina espírita" é, na verdade, a repaginação do Catolicismo medieval.


Paulista de nascimento, Jair Bolsonaro viveu sua juventude na Zona Norte do Rio de Janeiro, tendo morado durante muitos anos em Bento Ribeiro.

O bairro, que faz parte da região de Madureira, é também onde fica um dos principais "centros espíritas" da Zona Norte carioca, o centro Leon Denis.

Os subúrbios cariocas são justamente os que mais se inclinam ao ultraconservadorismo religioso - católico-medieval, evangélico neopentecostal e "movimento espírita" - e isso se observa no reacionarismo que também se estende na Zona Oeste e na Baixada Fluminense.

Isso também se amplia para outras regiões e, só para citar as mais próximas, temos todo o município de São Gonçalo e as áreas populares de Niterói (uma cidade de grande favoritismo a Bolsonaro).

O Espiritismo brasileiro, que se fundamentou numa pauta ultraconservadora, que pedia aos oprimidos aceitarem as desgraças em silêncio, encontrou afinidades com o bolsonarismo.

Nada é declarado oficialmente, mas a identificação com os lemas "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho" e "Brasil, acima de tudo, Deus, acima de todos" é surpreendente.

Chico Xavier não previu a ascensão de Bolsonaro em mensagem de 1952. Mas o "médium", se estivesse vivo, estaria, com a mais absoluta certeza, apoiando o candidato do PSL.

Essa tese apavora muitos de seus seguidores, mas ela faz sentido por vários motivos. Entre eles, a adesão do também "espírita" Carlos Vereza e do "filantropo" Luciano Huck a Bolsonaro.

Chico diria coisas do tipo "apesar de certos atos infelizes trazidos por seus seguidores, a escolha de Bolsonaro é necessária porque o Brasil necessita de certos sacrifícios para reconciliar-se com Cristo".

O "médium" nunca iria apoiar o PT, para desespero de certos espíritas de esquerda. Não há um pensamento desejoso que pudesse fazer desmentir o anti-esquerdismo de Chico Xavier.

Daí que as energias se prosperaram para Jair Bolsonaro.

Desta forma, teremos o padre Paulo Ricardo junto com Edir Macedo, R. R. Soares, Silas Malafaia, Waldomiro Santiago e o espírito de Chico Xavier, todos juntos numa pauta ultraconservadora associada a Jair Bolsonaro. É bom jair acostumando com Chico Xavier inserido neste contexto.

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