O caso João de Deus deixou Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, numa enrascada. Sabe-se que João Teixeira de Faria, suposto médium conhecido pelo referido apelido, segundo denúncias de centenas de vítimas, cometia assédios sexuais e outros crimes desde 1983. Confirmadamente - conforme reportagens de O Globo e Carta Capital, dois periódicos ideologicamente opostos - Chico Xavier o tinha como pupilo e o abençoou em 18 de setembro de 1993, portanto, dez anos após as denúncias mais antigas. Nessa ocasião, Chico mandou uma carta a João, que diz: "rezado João, caro amigo, Abadiânia é o abençoado recinto de sua iluminada missão e de sua paz". Note que Chico Xavier, como "médium", deveria parecer que estava prevenido com o perigo que se tornou João de Deus com seus crimes. Supõe-se que Chico, nesta condição, teria que atuar como um visionário e, mesmo diante das surpresas do livre arbítrio de outrem, tivesse que ter algum pressentimento, algum presságio de
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