Textos de Chico Xavier e outros "médiuns" são ocos e sem beleza
MENSAGENS DOS "MÉDIUNS" DO ESPIRITISMO À BRASILEIRA SÃO COMO EMBALAGENS VAZIAS: BONITAS NA FORMA E VAZIAS NO CONTEÚDO.
Muitas pessoas leram, e muito mal, os textos trazidos pelos "médiuns" do Espiritismo brasileiro, a partir do exemplo de Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier.
Tomadas de muita emoção, essas pessoas, mesmo no contato superficial com tais textos, passam a dar declarações exageradas e, em muitos casos, inconvenientes.
Uns atribuem profundidade nos textos igrejeiros apreciados.
Outros, as lições de vida e de sabedoria.
Outros ainda, de maneira mais exagerada e delirante, veem nessas mensagens clareza e transmissão de conhecimentos.
Esquecem essas pessoas que elas se inebriaram de deslumbramento religioso, adorando textos igrejistas que só possuem relatos místicos.
Os textos a que, erroneamente, se atribuem "sabedoria", "clareza" e "conhecimento" são apenas obras que trazem ora o moralismo religioso, ora o misticismo bíblico, sendo sempre arremedos de textos católicos, mas disfarçados de "filosofia espírita".
As pessoas que, de forma superficial - pois, se aprofundassem, reconheceriam absurdos aberrantes nesses textos - , leem esses textos, apenas estão tomadas de êxtase emocional que as faz falar bobagens.
Afinal, muitos textos de Chico Xavier e Divaldo Franco, ou de "não-médiuns" como Richard Simonetti, Orson Peter Carrara e do já falecido Alamar Régis Carvalho, demonstram-se claramente prolixos, rebuscados, confusos e inconsistentes.
São textos católicos enrustidos, pretensamente eruditos, que no entanto representam transgressões graves à essência original do Espiritismo francês.
Allan Kardec já havia prevenido, na sua obra seminal O Livro dos Médiuns, sobre o risco de "textos empolados" apresentarem mistificação e ideias contrárias aos ensinamentos espíritas originais.
São textos enfeitados, cheios de beleza nas palavras, como embalagens que tentam primar pela beleza de seus enfeites, mas cujo conteúdo é vazio.
São mensagens ligadas a ideias abstratas, nas quais o habilidoso malabarismo das palavras evoca ideias como "amor", "paz", "fraternidade", impulsionando a "masturbação com os olhos" da comoção fácil, quando o ato de chorar se torna um passatempo fútil, uma diversão, uma catarse.
Uns textos falam de episódios bíblicos, sobretudo ligados à vida de Jesus, outros sobre sofrimento humano, outros sobre auto-ajuda. Todos, porém, sempre possuem um apelo igrejeiro, e supostamente se voltam ao esclarecimento e à orientação prática da vida.
No entanto, são textos de mera mistificação, mero apelo igrejeiro, arremedos do que os católicos propriamente ditos fariam com um pouco mais de competência.
Afinal, os textos de Chico, Divaldo e outros são ocos, sem a natural beleza do conteúdo, se limitando apenas à beleza da forma, no aparato organizado das palavras bonitas, num "balé das palavras" que se estende, também, em palestras, com suas oratórias informais ou dramatizadas (tipo Divaldo).
Esses textos servem apenas para o entretenimento vazio de pessoas incapazes de buscar outras formas, mais eficazes e mais autênticas, de obtenção de Conhecimento.
Mesmo quem se ocupa em tarefas intelectuais autênticas mas, de vez em quando, se submete a esse recreio do igrejismo espírita brasileiro, sucumbe a esse desperdício do saber.
Ainda mais quando Chico Xavier apresenta livros com vergonhosas falhas históricas, como Há 2000 Anos e Paulo e Estevão.
Só essas falhas históricas corrompem a busca do saber e revelam o verdadeiro propósito desses "lindos textos": a persuasão igrejeira. O "saber" é só um detalhe, de preferência, deixado em segundo plano.
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