Mediunidade, no Brasil, é 99,99% uma farsa


O ATOR DOMINGOS MONTAGNER É UMA DAS MAIS NOVAS VÍTIMAS DOS FAKES DO ALÉM.

Existe vida espiritual, comunicação com os mortos etc. A obra de Allan Kardec já demonstrou isso, mediante pesquisas que, infelizmente, pararam com a morte do pedagogo francês.

Digamos isso porque o que existe de pesquisas sobre o contato com os espíritos são raras e, muitas vezes, bastante irregulares.

No Brasil, então, onde o Espiritismo foi arruinado e se reduziu a uma grande fraude, a comunicação com os mortos é algo que se frauda com a maior naturalidade.

Diante do vício dos brasileiros não costumarem ter concentração para coisa alguma, nem para ouvir música, não se espera outra coisa senão a suposta atividade mediúnica que "sempre dá branco na mente".

Como é preciso um rigoroso preparo mental para receber um morto e também um preparo psicológico para receber aqueles que não são de natureza ideológica afim do suposto médium, a falta de concentração prejudica tais atividades.

E aí, o que vemos é que, como essa falha não pode ser divulgada para não decepcionar a plateia, o suposto médium inventa da própria mente uma mensagem, insere algumas informações básicas do morto e põe mensagens agradáveis para afastar suspeitas.

Afinal, ninguém vai contrariar uma mensagem positiva, supostamente feita para consolar pessoas ou para garantir o "pão dos pobres", no caso de venda de livros.

Mas essa fraude, para desespero de muitos, é ainda mais deplorável porque a lógica diz que a pior mentira é aquela que se esconde sob a máscara do amor, da paz e da caridade.

As obras ditas "mediúnicas" no Brasil são fraudulentas, em sua quase totalidade, 99,99%.

E isso não vem somente dos chamados "peixes pequenos", sejam os "médiuns" de baixa expressão ou os esotéricos profissionais que pegam carona nos mortos em busca de sensacionalismo.

Vem desde pessoas "tarimbadas", como o próprio Francisco Cândido Xavier, que, apesar de ser uma "grife" em mediunidade, foi também um dos mais canastrões, charlatães e farsantes, talvez o pior deles.

Afinal, Chico Xavier é um farsante que se esconde pela sua imagem bem construída de astro religioso.

Hoje se endeusa muito ele, mas os trabalhos ditos "mediúnicos" já causaram sérios escândalos pela qualidade inferior das mensagens e cujos erros foram repetidos até os últimos trabalhos de Xavier.

Ainda falaremos por que a "tão festejada mediunidade" de Chico Xavier é preocupantemente irregular e gravemente falsa.

Mas o que se sabe é que as mensagens atribuídas aos mortos nunca são à altura do que eles fizeram ou representaram em vida.

Essas mensagens não refletem a natureza pessoal do morto, mas do suposto médium responsável.

E isso não é maravilhoso. É horrível. Afinal, não sejamos idiotas de dizer, deslumbrados, "quem é que não quer ter o estilo de um Chico Xavier?".

Aceitar e apoiar isso é cretino, imbecil, boçal, estúpido e completamente ridículo, por razões bastante óbvias.

99,99% das mensagens ditas "espirituais" é fraudulenta, ainda que seja impunemente publicada na Internet, sobretudo nas redes sociais, e permanece livre no mercado literário.

A prática tida como mediúnica é bastante suspeita.

Geralmente o suposto médium se isola numa sala por uns minutos e, depois, divulga a mensagem.

Há muita fraude relacionada com fontes bibliográficas e até digitais (hoje se usa até o Wikipedia para "rechear" informações de um morto), mas há também o caso da "leitura fria".

A "leitura fria" é um processo habilidoso de interpretação, seja literal ou subliminar, de informações dadas por um depoente, mesmo em conversas informais.

Muita gente não acredita que isso possa ocorrer com Chico Xavier e seus colaboradores, mas isso ocorreu, sim, na quase totalidade dos casos que envolveram cartas atribuídas a anônimos falecidos.

A baixa qualidade e as aberrantes diferenças de assinatura de cada suposto espírito com a assinatura deste deixada em vida (como se vê em documentos de identidade) revelam essa fraude.

Mas os espíritas brasileiros enrolam, querendo métodos de avaliação exageradamente engenhosos para disfarçar qualquer hipótese de fraude.

Isso é terrível, e a dita mediunidade no Brasil é uma prática hoje considerada desmoralizada e de baixa confiabilidade.

O próprio Allan Kardec dizia para as pessoas não se iludirem com mensagens consideradas "agradáveis", porque elas traziam mistificação e valores alheios à lógica e ao bom senso.

O Livro dos Médiuns já preveniu de embustes armados pelos "conceituados" Chico Xavier e Divaldo Franco, outro que mal conseguia disfarçar seu estilo pessoal em supostas psicografias.

Até o uso de nomes ilustres (como famosos e intelectuais) a literatura kardeciana reprovou e definiu como rejeitável nas supostas psicografias.

O que se vê, no entanto, é que o uso de nomes ilustres é estimulado e segue impune no Brasil.

Um famoso morre e qualquer um pode se passar por ele usando uma mensagem aparentemente agradável e com forte apelo religioso. A Justiça não pega.

Daí que o "médium" é conhecido, no anedotário popular, como um "tucano com carisma".

Como os políticos do PSDB assim chamados, os "médiuns" podem fazer das suas que a impunidade é certa. Lamentavelmente.

Os mortos deixam de ter o respeito merecido e seus nomes ganham até "donos", virando propriedades de "médiuns" específicos.

Isso começou quando Chico Xavier resolveu bancar o "dono" de Humberto de Campos. Iniciou-se uma farra que atingiu os mais diversos mortos, em maioria brasileiros.

Getúlio Vargas, Auta de Souza, Raul Seixas, Ayrton Senna, a atriz Leila Lopes, Cornélio Pires, Marechal Deodoro da Fonseca, José do Patrocínio e, mais recentemente, o ator Domingos Montagner, são alguns dos ilustres lesados.

A fascinação obsessiva dos seguidores e simpatizantes do Espiritismo brasileiro e a subjugação obsessiva da Justiça, da comunidade acadêmica e da imprensa que têm medo de contestar os "médiuns", apegados à imagem glamourizada dos mesmos, garante esse abuso interminável.

Os "fakes do além" se tornam uma grande brincadeira que reduz a mediunidade a um joguinho do tipo "tábua Ouija" e transforma o Espiritismo brasileiro num grande engodo.

Isso é lamentável, mas a impunidade se dá porque o público prefere se apegar a paradigmas religiosos agradáveis, porém viciados, que garantem a imunidade dos traidores brasileiros de Allan Kardec.

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