Espiritismo brasileiro é a "Igreja Universal" da Rede Globo


CHICO XAVIER E DIVALDO FRANCO ADORADOS POR IRMÃOS.

As esquerdas ignoram e os detratores da Rede Globo desprezam surdamente, mas a verdade é que o Espiritismo brasileiro é a religião oficial das Organizações Globo.

As caraterísticas do Espiritismo brasileiro se encaixam nos interesses da Rede Globo, sobretudo para enfrentar a estrutura midiática da Igreja Universal do Reino de Deus através do Grupo Record.

O Espiritismo brasileiro soa como um Catolicismo à paisana, segue o mesmo conservadorismo dissimulado da Globo e consegue manipular habilmente a opinião pública, sem deixar desconfiança.

O movimento espírita também tem claramente um apreço muito grande às Organizações Globo.

Apesar disso, as pessoas ignoram completamente e quem é anti-Globo ou de esquerda adotam uma postura muito ingênua a respeito do Espiritismo brasileiro e, sobretudo, de Francisco Cândido Xavier.

Já houve mensagens de pessoas anti-Globo exaltando Chico Xavier. Quanta ingenuidade.



É verdade que o mito Chico Xavier não foi criado pela Globo, mas pela parceria entre a Federação Espírita Brasileira e os Diários Associados, a partir da década de 1940.

Quem não se lembra das abordagens pitorescas de Chico Xavier na revista O Cruzeiro (embora seus jornalistas, pessoalmente, não gostassem dele)? E a blindagem da TV Tupi? O Pinga-Fogo? A novela A Viagem?

Mas ignorar que a Rede Globo reinventou o mito de Chico Xavier e pensar que este mito está acima de qualquer poder midiático é, no mínimo, ser um idiota.

A Globo reinventou o mito de Chico Xavier e influiu para a imagem adocicada que este traidor dos ensinamentos kardecianos exerce sobre seu público.

Essa reinvenção se baseou no que o esperto católico Malcolm Muggeridge em torno da farsante Madre Teresa de Calcutá.

Madre Teresa, sabemos, foi desmascarada pelo jornalista Christopher Hitchens, que, independente do fato dele ser ateu, merece consideração.

A "santa" foi acusada de maltratar os internos nas casas administradas pelas Missionárias da Caridade.

As instalações não tinham higiene, as seringas para os enfermos eram reutilizadas e "lavadas" com água de bica, os doentes eram remediados só com paracetamol e aspirina e eles eram expostos uns aos outros, em camas desconfortáveis e sujeitos ao contágio de enfermidades graves.


ALEGORIA FICTÍCIA QUE ILUSTRA A ADOÇÃO DO ESPIRITISMO BRASILEIRO PELA REDE GLOBO, VISANDO ENFRENTAR OS PASTORES ELETRÔNICOS DAS CONCORRENTES.

As pessoas não percebem esse modelo de "caridade" é tão conservador que os resultados sociais produzidos vão de medíocres para baixo.

Eles só servem para a adoração dos tais "médiuns", ídolos habilidosamente blindados pela grande mídia.

O que ninguém admite é que o Espiritismo brasileiro é blindado pela Rede Globo, assim como astros como Chico Xavier, Divaldo Franco e João de Deus, visando como principal objetivo enfrentar os pastores das seitas evangélicas neo-pentecostais das concorrentes.

Chico Xavier tornou-se "símbolo da caridade" com um método que tem mais a ver com dramaturgia e marketing do que de uma suposta evocação de qualidades humanistas.

Seu mito foi reinventado pelos telejornais da Rede Globo, misturando sensacionalismo e fanatismo religioso, numa época bastante estratégica, o final da década de 1970.

Primeiro, era o período da ditadura militar que, em crise, provocava convulsões sociais bastante graves.

Segundo, porque era o período em que os pastores eletrônicos R. R. Soares e Edir Macedo estavam em ascensão.

No primeiro caso, a ideia é criar um paradigma de "altruísmo" tolerado pela sociedade conservadora e excludente, um modelo de "inclusão social" que não ameace os privilégios das elites.

Neste caso, observa-se que o mito Chico Xavier foi usado para evitar a ascensão de figuras como o sindicalista Lula, pois o "médium" simbolizava valores pretensamente progressistas apoiados pela sociedade mais reacionária.

No segundo caso, a ideia é criar um ídolo religioso para evitar que seitas como a Igreja Universal do Reino de Deus se tornem dominantes no Brasil. Na época, a IURD e a Igreja Internacional da Graça de Deus eram algumas que arrendavam horários em emissoras como Record e Bandeirantes.


PARA ENFRENTAR EDIR MACEDO E R. R. SOARES, A REDE GLOBO "FABRICOU" A IMAGEM "HUMANISTA" DE CHICO XAVIER. NA FOTO, IMAGEM DO PROGRAMA FANTÁSTICO, DA EMISSORA DE ROBERTO MARINHO, EM 1979.

Tudo isso é um jogo estratégico de manipulação e promoção de falsos humanistas pelo poder midiático.

Não sejamos tolos em ver que o farsante Chico Xavier, envolvido em pastiches literários, na deturpação do legado kardeciano e em fraudes de materialização, tenha se transformado em "símbolo máximo do amor ao próximo" por vontade divina.

Não existe almoço grátis. O mito de Chico Xavier que encanta a todos foi, na verdade, uma grande jogada publicitária da Rede Globo para barrar o caminho das seitas neo-pentecostais.


AS ORGANIZAÇÕES GLOBO COM PRODUÇÕES VOLTADAS AO ESPIRITISMO BRASILEIRO - O LONGA CHICO XAVIER - O FILME E A NOVELA A VIAGEM.

Mesmo assim, as pessoas, tão tolas, e várias delas de esquerda - que ignoram que Chico Xavier defendeu abertamente a ditadura militar, apoiou Fernando Collor e pregava a medieval Teologia do Sofrimento - , insistem em achar que o "médium" está acima de ideologias e poderes midiáticos.

Não, não está. Chico Xavier é tão apoiado pelas Organizações Globo que estas produziram vários filmes baseado na sua vida e obra.

Além disso, um aviso aos esquerdistas que adoram o "médium" deve ser usado com base numa frase de Leonel Brizola (felizmente dada em vida, não é suposta psicografia):

"Quando vocês tiverem dúvidas quanto a que posição tomar diante de qualquer situação, atentem: se a Rede Globo for a favor somos contra. Se for contra, somos a favor".

Que, pelo menos, se deixe a adoração a Chico Xavier e séquitos para as pessoas conservadoras e de centro ou extrema-direita.

Não faz sentido progressistas de esquerda endeusarem um sujeito que defendia que os sofredores deveriam ficar calados e não reclamar das desgraças da vida.

Há gente vendo novela demais e acreditando em paradigmas ficcionais de bondade e caridade trazidos pelos programas da Rede Globo.

E, infelizmente, as esquerdas caem em muitas armadilhas. Daí que foi fácil tirar Dilma Rousseff do poder.

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