Bolsonaristas não podem fazer o que querem. Não estamos em 1974!


CENA PATÉTICA DE REACIONÁRIOS ARMADOS APOIADORES DE JAIR BOLSONARO QUE INVADIRAM A USP.

Diz uma anedota que um assassino impune é apresentado a três amigos.

O primeiro deles é a ansiedade, que lhe desperta uma certa simpatia.

O segundo, o fator surpresa, que ele considera uma figura um tanto chata.

O terceiro, porém, é o infarto, que o faz cair morto no chão.

Há muitos alertas de que os bolsonaristas não podem fazer o que querem. Eles estão tomados de impulsos odiosos, acham que vão sair impunes cometendo suas atrocidades.

Não vão. Os tempos são outros. Não estamos mais em 1974, começo da Era Geisel, quando os sociopatas poderiam fazer o que querem, sem sofrer má repercussão.

Hoje os bolsonaristas estão cometendo suicídio de reputação. Hoje eles se acham livres em seus impulsos vingativos, riem a cada advertência, esnobam quando alguém lhes adverte que até uma tragédia pode estar a caminho deles.

Mas amanhã eles não podem ter controle das consequências de seus atos.

Serão como o caçador que, se achando tão invencível, larga sua arma diante de uma multidão de animais mortos.

Esquecendo que um outro animal faminto está em sua direção, o caçador fica tirando onda, se achando todo-poderoso e invulnerável, até ser devorado pela fera que corre às suas costas.

Existem mortes simbólicas ou reais que podem pegar os reacionários de plantão de surpresa, iludidos com suas gargalhadas ante a advertência alheia.

Homicidas podem morrer de infarto fulminante só por algum fator surpresa. Como, por exemplo, viajarem à Europa e virem um sósia de um parente de sua vítima andando na rua.

Ou podem morrer de acidente de carro por se empolgarem demais no volante e acelerarem seus automóveis nas rodovias federais.

Nas redes sociais, o que se fala é que dois velhos feminicidas, um ex-playboy da alta sociedade, e outro ex-jornalista, ambos na casa dos 80 anos, estão morrendo, uma tragédia que está deixando a mídia, nos bastidores, de cabelo em pé.

Afinal, é muito difícil digerir a tragédia quando ela vem de figuras deploráveis. Costuma-se montar o obituário brasileiro como se fosse uma lista do Prêmio Nobel, só com mortos admiráveis.

Se a gente fala que um galã de novela, relativamente jovem, está com câncer, as pessoas ficam tristes, mas resignadas. Mas se falamos o mesmo de um feminicida na mesma idade, sofrendo da mesma doença, as pessoas reagem indignadas.

Acham que esse aviso vem "carregado de ódio e vingança". Mas não. Em muitos casos, a tragédia anunciada vem de pessoas sem ódio e até dos mais devotados amigos de um feminicida.

O ódio vem de pessoas "moralistas sem moral", que acham que o organismo de um feminicida, mesmo recebendo pressões emocionais violentas, alternando irritações com depressão, está pronto para alcançar os 60 anos de idade com plena saúde e vigor até os 95 anos.

Diz até uma piada que a sociedade conservadora quer ver os velhos feminicidas vivos porque talvez eles fossem aproveitados para serem novas múmias para o Museu Nacional.

Portanto, o fato de Jair Bolsonaro sair vitorioso não significa que as pessoas possam fazer o que querem, exterminando o "outro" achando que sairão imunes e impunes dessa.

Vivemos a era da "vitória de Pirro", na qual os opressores, mesmo vencendo, têm que se preparar para derrotas futuras.

É como no desenho animado em que o personagem vilão consegue sair-se bem enfrentando um ou dois obstáculos com seu objeto voador.

Isso ocorre até que o vilão começa a rir de orgulho ou esnobismo e se abate no terceiro obstáculo.

Os impulsos dos bolsonaristas de hoje podem lhe render traumas assustadores, que os farão gritar como loucos nos hospitais, desesperados com os estragos que causaram no futuro.

Valentões das redes sociais correndo a Internet para apagar suas mensagens, depois que elas viralizaram e foram reproduzidas e sobreviveram na posteridade.

Feminicidas movendo advogados para forçar evitar a publicação de reportagens e documentários cuja divulgação faria esses "criminosos da honra" morrerem de infarto no meio da rua.

Patéticos provocadores do reacionarismo sócio-político, como os fascistas da foto acima, que invadiram uma faculdade da Universidade de São Paulo e fizeram o anúncio de seu projeto maligno, poderão sentir vergonha do que fizeram.

Imagine eles mostrando para seus netos a aberrante foto e os netos dizerem: "Tá, somos contra os tais petistas, mas não era pra fazer papel de ridículo com esse ato, não".

A vida vem cheia de surpresas e imprevistos, e são os mais vingativos e imprudentes de hoje, que enchem o peito e, às gargalhadas, se julgam invulneráveis, as vítimas mais vulneráveis.

Um bolsonarista já foi morto por PM, no Piauí, dias depois de se exibir, numa carreata, exibindo uma arma.

De 2014 para cá, aumentou o número de pistoleiros, jagunços e feminicidas morrendo prematuramente por infarto, intoxicação alimentar e até acidente de trânsito.

Grupos de extermínio usam automóveis velhos e sucateados como transporte para cometerem seus crimes. Potencialmente eles podem ser exterminados por eles mesmos com a forma com que correm pelas ruas, após um crime cometido.

Também morre quem atira, também se humilha quem agride e ofende, e os reacionários de hoje podem ser os traumatizados de amanhã.

A fúria insana de hoje levará muitos triunfantes provisórios de hoje em dia para o divã, assustados com as consequências do que fizeram.

O futuro é um sábio de ensinamentos desagradáveis, e que não costuma ser generoso com aqueles que cometem seus abusos. Portanto, é hora de dar um freio ao carro desgovernado, antes da batida fatal no muro à frente.

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